Atividades 3º anos A, B e C
Profª Aline, Kelly e Maíra
Leilão de Jardim
(Cecília Meireles)
Quem me compra um jardim
com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis
nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)
- Ilustre o poema;
- Procure no dicionário a definição das palavras a
seguir (caso haja mais de uma definição, lembre-se de escolher a que
melhor completa o poema):
a)
Lavadeiras:
b)
Hera:
c)
Estátua:
d)
Cigarra:
e)
Leilão:
Leia o conto abaixo e crie um final para ele. (Escreva seu
texto com bastante capricho e não se esqueça de usar os sinais de pontuação).
Era
uma vez uma viúva que tinha duas filhas.
A mais velha se parecia
tanto com ela, no humor e de rosto, que quem a via, enxergava a própria mãe.
Mãe e filha eram tão desagradáveis e orgulhosas que ninguém as suportava.
A filha mais nova, que era
o retrato do pai, pela doçura e pela educação, era, ainda por cima, a mais
linda moça que já se viu.
Como queremos bem,
naturalmente, a quem se parece conosco, essa mãe era louca pela filha mais
velha. E tinha, ao mesmo tempo, uma tremenda antipatia pela mais nova, que
comia na cozinha e trabalhava sem parar como se fosse uma criada.
Tinha a pobrezinha, entre
outras coisas, de ir, duas vezes por dia, buscar água a meia légua de casa, com
uma enorme moringa, que voltava cheia e pesada.
Um dia, nessa fonte, lhe
apareceu uma pobre velhinha, pedindo água:
- Pois não, boa senhora -
disse a linda moça.
E, enxaguando a moringa,
tirou água da mais bela parte da fonte, dando-lhe de beber com as próprias
mãos, para auxiliá-la.
A boa velhinha bebeu e
disse:
- Você é tão bonita, tão
boa, tão educada, que não posso deixar de lhe dar um dom . Na verdade, essa mulher era uma fada, que
tinha tomado a forma de uma pobre camponesa para ver até onde ia a educação daquela
jovem.
- A cada palavra que falar
- continuou a fada -, de sua boca sairão uma flor ou uma pedra preciosa.
Quando a linda moça chegou
a casa, a mãe reclamou da demora.
- Peço-lhe perdão, minha
mãe - disse a pobrezinha -, por ter demorado tanto.
E, dizendo essas palavras,
saíram-lhe da boca duas rosas, duas pérolas e dois enormes diamantes. - O que é isso? - disse a mãe espantada -, acho que estou vendo pérolas
e diamantes saindo da sua boca. De onde é que vem isso, filha? Era a primeira
vez que a chamava de filha.
A pobre menina contou-lhe
honestamente tudo o que tinha acontecido, não sem pôr para fora uma infinidade
de diamantes.
- Nossa! - disse a mãe -, tenho de
mandar minha filha até a fonte.
- Filha, venha cá, venha ver o que
está saindo da boca de sua irmã quando ela fala; quer ter o mesmo dom? Pois
basta ir à fonte, e, quando uma pobre mulher lhe pedir água, atenda-a
educadamente.
- Só me faltava essa! - respondeu a
mal-educada- Ter de ir até a fonte!
- Estou mandando que você vá -
retrucou a mãe -, e já.
Ela foi, mas reclamando. Levou o
mais bonito jarro de prata da casa. Mal chegou à fonte, viu sair do bosque uma dama
magnificamente vestida, que veio lhe pedir água.
Era a mesma fada que tinha
aparecido para a irmã, mas que surgia agora disfarçada de princesa, para ver
até onde ia a educação daquela moça.
- Será que foi para lhe dar de beber
que eu vim aqui? - disse a grosseira e orgulhosa. - Se foi, tenho até um jarro
de prata para a madame! Tome, beba no jarro, se quiser. (...)
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